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R7 Brasília

Brasil critica decisão israelense de suspender entrada de ajuda humanitária em Gaza

Israel interrompeu a entrada de ajuda humanitária após o Hamas não concordar com a extensão da primeira fase do cessar-fogo

Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília

Cessar-fogo já dura mais de 40 dias Record News/Reprodução

O Itamaraty disse nesta segunda-feira (3) que “deplora” a decisão de Israel de suspender a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Na nota, o Brasil lembrou que Israel tem obrigação, segundo a Corte Internacional de Justiça, de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos.

“A obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

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Por fim, o Itamaraty reforçou a necessidade de cumprimento do acordo de cessar-fogo por ambas as partes, com a retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos para ingresso de assistência humanitária desimpedida.

“O Brasil insta as partes ao estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e ao engajamento nas negociações a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala.”


Interrupção da entrada de ajuda em Gaza

No domingo (2), Israel decidiu interromper a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A decisão foi tomada após o Hamas rejeitar a extensão da primeira fase do cessar-fogo.

“Com o fim da primeira fase do acordo de reféns e diante da recusa do Hamas em aceitar o esboço do [enviado especial dos EUA, Steve] Witkoff para continuar as negociações — proposta que Israel aceitou —, o primeiro-ministro Netanyahu decidiu que, a partir desta manhã, toda a entrada de bens e suprimentos na Faixa de Gaza será interrompida”, declarou o gabinete do primeiro-ministro.


A proposta de Israel era a adoção do chamado “plano Witkoff”, que previa a extensão do cessar-fogo até 19 de abril. Pela proposta, metade dos reféns restantes, vivos e mortos, seriam libertos no primeiro dia do novo acordo, e os demais seriam soltos ao fim do período, caso um cessar-fogo permanente fosse alcançado.

No entanto, o Hamas rejeitou a proposta e criticou a suspensão da entrada de ajuda humanitária, classificando-a como “uma extorsão barata, um crime de guerra e uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo”. O grupo pediu que mediadores internacionais pressionem Israel para reverter a decisão.

No acordo inicial, no domingo (2) deveria ter início a segunda fase do cessar-fogo, que previa o fim definitivo da guerra e a libertação dos últimos reféns.

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