Corregedoria da PRF reabre investigação de assédio sexual contra ex-chefe de gabinete
Processo istrativo contra ex-chefe de gabinete da superintendência de Minas Gerais havia sido arquivado

A corregedoria da PRF (Polícia Rodoviária Federal) reabriu nesta quinta-feira (18) o processo istrativo para investigar Marcos Roberto da Silva, ex-chefe de gabinete da superintendência de Minas Gerais. Ele foi denunciado por seis servidoras por suposto assédio sexual e moral, entre 2015 e 2018. A reabertura do processo ocorreu após uma reportagem do R7 mostrar que o caso havia sido arquivado sem que testemunhas fossem ouvidas. Marcos Roberto nega todas as acusações.
Na decisão istrativa de reabertura do PAD (Processo istrativo Disciplinar), o corregedor-geral da PRF, Vinicius Behrmann, também anula um processo que havia inocentado Marcos Roberto das denúncias de assédio. O documento ainda estabelece que o novo PAD será conduzido por um novo colegiado, que deverá incluir pelo menos uma servidora.
“Verifico neste momento que as provas constantes dos autos não eram suficientes para o julgamento, bem como se mostravam manifestamente contrárias às conclusões adotadas no Termo de Instrução e Indiciamento”, diz o documento.
Policiais, servidoras istrativas, terceirizadas e uma estagiária afirmam que ex-chefe de gabinete da superintendência da PRF mineira era atencioso no começo, se aproximava e depois tentava forçar intimidade. Ao ser recusado, segundo os relatos, começava a difamá-las, tratá-las mal e tentava intimidá-las.
Depois da primeira denúncia, uma comissão foi formada pela corregedoria, em 2018, para a investigação preliminar na corporação. Outras vítimas denunciaram, mas foram ouvidas como testemunhas do primeiro caso. As mulheres escutadas no PAD apontaram testemunhas que teriam presenciado assédios. Depois de cinco anos, o ex-chefe de gabinete entrou com um processo cível de danos morais, baseado no arquivamento do PAD.
As mulheres alegam que apenas com essa ação tiveram o aos resultados do processo investigativo que a corregedoria fez. Elas dizem que o órgão interno não ouviu testemunhas indicadas por elas, mas escutou aquelas que foram apresentadas pelo ex-chefe.
Na época em que o processo foi arquivado, Silva disse ao R7 que todas as acusações foram apuradas e ele, inocentado. “Ocorreram todas as apurações, mediante investigação inclusive com perícias, e fui inocentado. Questão já transitada em julgado, além de já prescrita há mais de um ano”, disse à reportagem. A defesa dele diz que a inocência dele foi inquestionavelmente comprovada.