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R7 Brasília

Flávio diz que Eduardo tomou a decisão correta para não ser ‘vítima do alexandrismo’

Deputado federal anunciou licença de mandato para ficar nos Estados Unidos

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Jefferson Rudy/Agência Senado - 18/03/2025

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) endossou nesta terça-feira (18) a decisão de irmão dele, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que anunciou licença das atividades parlamentares ao alegar perseguição do Poder Judiciário. Além disso, Eduardo disse que vai morar nos Estados Unidos por tempo indefinido. Segundo Flávio, o irmão acertou ao fazer isso para não ser mais uma vítima do “alexandrismo”, em alusão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

“Imagino [que foi] uma decisão difícil, pensando na sua família, ficar mais tempo longe da esposa e dos filhos, mas ele entendeu que seria importante ficar lá e não correr o risco de vir para cá e ser mais uma vítima do ‘alexandrismo’. Ele tomou a decisão correta”, disse o senador a jornalistas.

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Flávio explicou que o período máximo para que um parlamentar se licencie é de quatro meses. Mais cedo nesta terça, em vídeo postado nas redes sociais, Eduardo afirmou que vai ficar nos Estados Unidos para buscar as “justas punições” ao ministro Alexandre de Moraes.

Flávio alegou que a atitude de Eduardo se trata de “uma decisão muito familiar” e que as pessoas não deveriam julgar o irmão, mas se colocar no “lugar” dele, compreendendo o “contexto” que acontece no Brasil.


“Simplesmente não tem a quem recorrer, porque a covardia e perseguição partem de uma pessoa do órgão máximo do Judiciário brasileiro, que era para dar o exemplo e está usando a caneta para promover vingança”, disse Flávio, em referência a Moraes.

A declaração de Flávio foi feita durante a inauguração de uma exposição sobre o Holocausto no Senado, evento que teve a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Entenda

No vídeo publicado nesta terça, Eduardo diz que vai se licenciar sem remuneração. Além disso, ele afirma que Moraes está tentando usar seu mandato como “cabresto, ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção”, sendo um instrumento para prendê-lo e impedi-lo de representar os interesses do país.

“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. [...] Só retornarei quando você [Moraes] estiver devidamente punido”, ressaltou.


Eduardo informou que vai se dedicar integralmente a “fazer justiça” e “criar um ambiente para anistiar os reféns do 8 de Janeiro e demais perseguidos que fizeram parte do governo Bolsonaro”.

“Abro mão, de cabeça erguida, de toda essa pompa para seguir firme na minha missão de trazer justiça para todos os tiranos violadores de direitos humanos mais básicos”, anunciou.

Como confirmou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Eduardo seria o nome indicado pelo partido para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Ao anunciar a licença, Eduardo itiu que o cargo “facilitava a abertura de portas internacionais”. “No entanto, essas portas já estão abertas. Agora, necessito de tempo e dedicação integral para seguir trabalhando e representando não só os paulistas, mas todos os brasileiros”.

O deputado sinalizou não ter sido proposital a volta aos Estados Unidos no mesmo dia em que o PT protocolou na PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de retenção do aporte dele.

“Em 27 de fevereiro, eu estava voando com a minha família para os Estados Unidos, num voo que havia comprado poucos dias antes”, disse, completando acreditar ter pego o PT e Alexandre de Moraes de surpresa, já que havia voltado ao Brasil dos EUA dois dias antes da nova viagem. “Nunca imaginei que eu faria uma mala de sete dias para não mais retornar para minha casa”, afirmou.

“Se Alexandre de Moraes quer apreender o meu aporte ou mesmo me prender para que eu não possa mais denunciar os seus crimes nos EUA, então é justamente aqui que eu vou ficar e trabalhar mais do que nunca”, completou.

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