Mais da metade dos brasilienses tem animais de estimação; cães são preferidos
45,8% dos animais de estimação são cachorros, segundo PDAD Ampliada 2024 divulgada nesta sexta-feira
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Mais da metade dos brasilienses tem animais de estimação no Distrito Federal. Segundo dados da PDAD Ampliada 2024 (Pesquisa Distrital por Amostras de Domicílios) divulgados nesta sexta-feira (21) pelo IPEDF (Instituto de Pesquisa e Estatística do DF), 55% dos domicílio tem algum animalzinho, sendo que 45,8% deles são cães, 13,3% gatos e 6,3% aves. Os dados também mostram o arranjo das famílias, sendo que 34% delas são formados por casais com filhos, 19% casal sem filhos, 19% com apenas um morador na residência, e 17% são mães que criam sozinhas os filhos.
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Diretora de Estatística e Pesquisa Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, observa que no DF, historicamente, temos uma maior presença de população casada (45,7%). “Temos um percentual de casados maior do que de solteiro, viúvo ou divorciado, mas a gente tem a questão da redução do número de famílias que são compostas por casal com filhos. Tivemos uma migração para casal sem filhos, unipessoal (apenas uma pessoa no domicílio) e domicílios monoparentais feminino (filhos criados pelas mães), onde a mulher é a chefe da família e a provedora, mas não há a presença de um cônjuge”, comentou.
Em relação a alfabetização, 95,5% da população com mais de cinco anos sabe ler e escrever, sendo que 36,9% da população maior de 25 anos já tem o ensino superior completo. Em relação ao trabalho, 59,8% da população com 14 anos ou mais está economicamente ativa, com o maior percentual de trabalho presencial (85,2%).
Tecnologia e políticas públicas
Os dados também revelaram que cerca de 87,5% da população do Distrito Federal tem o à internet, sendo que a maioria dos os são feitos por celulares (83,5%). A pesquisa também revela uma queda no uso de notebooks, que em 2021 ainda lideravam os dispositivos utilizados para o da internet, mas hoje ocupam o terceiro lugar (44,7%) atrás dos smartphones e tablets (97,3%) e smart tv (50%).
O diretor presidente do IPEDF, Manoel Barros, destacou que o levantamento será usado para a construção de políticas públicas.
“A ideia toda de fazer uma pesquisa dessa dimensão, onde nós pegamos as 35 regiões istrativas, incluindo a área rural da nossa cidade e os 12 municípios que estão aqui na vizinhança, é justamente ter um diagnóstico da nossa população no seu aspecto social, cultural, e de todos os aspectos. O objetivo é saber como essa população vive, onde ela mora, como ela se locomove, qual o grau de escolaridade, quais as suas formações demográficas, para orientar a formulação de políticas públicas. A boa gestão hoje tem que ser eficiente, tem que ser baseada em evidências”, disse.
Ele reforçou que o papel da pesquisa “é produzir material para que as outras secretarias e os outros órgãos de governo possam formular suas políticas com base em evidências, com base em dados, não com base em achismo”.
Outros dados da pesquisa se referem ao tempo de locomação dos estudantes até chegar às escolas. A média diminuiu em relação ao último PDAD, em 2021. Os últimos dados mostram que 51% dos alunos levam até 15 minutos para chegar à alguma unidade de ensino, sendo que a maioria utiliza carros como meio de transporte (31,2%), seguido de ônibus (22,7%) e outros que vão a pé (27,7%).
Na avaliação da Diretora de Estatística e Pesquisa Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena, a redução do tempo gasto pode indicar a efetivadade de melhorias na mobilidade urbana.
“Os estudantes estão levando menos tempo para chegar à escola, então isso pode estar associado tanto ao investimento em transporte público quanto à melhoria das vias, porque aí você tem um escoamento maior das vias e eles [estudantes] agem menos tempo aguardando no trânsito, o que permite que eles ganham mais tempo fazendo outras coisas”, salienta.
A pesquisa realizou 24.846 entrevistas, ao longo de 10 meses de coleta dos dados e a visita a mais de 58,3 mil domicílios. A pesquisa percorreu as 35 regiões istrativas do DF, incluindo a área rural do DF e 12 municípios goianos do Entorno.