Moro e Wolney Queiroz batem boca no Senado: ‘Não fez nada e quer me acusar’
Governo também trabalha em atendimento presencial de aposentados e pensionistas, mas recomenda uso do Meu INSS
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

Uma troca de acusações por atuação ligada aos desvios junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) levou a um bate-boca entre o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR) nesta quinta-feira (15).
O embate partiu do senador, que questionou Queiroz por uma suposta omissão ao lidar com denúncias de desvios de pagamentos a aposentados e pensionistas.
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Moro indagou o que levou o ministro a não atuar para investigar denúncias enquanto ele era secretário-executivo do ministério.
“O que se tem presente, ministro, é que o Ministério da Previdência, do qual V. Exa. era Secretário-Executivo - e Secretário-Executivo não é exatamente alguém que não está a par dos assuntos do ministério -, não fez nada”, declarou Moro.
O ministro, por sua vez, afirmou que o volume de denúncias só chegou ao conhecimento da Previdência após operação da Polícia Federal e que o setor tinha demandas específicas — ligas à gestão de recursos, e não denúncias.
Queiroz também citou início das ações no governo Bolsonaro e indagou Moro por investigações, pelo cargo ocupado como ministro da Justiça.
“Um servidor, em 2020, denunciou à Polícia Federal que havia descontos indevidos, que havia fraude”, disse. “Essas denúncias foram feitas em 2020, Senador. Parece que Vossa excelência ministro da Justiça nessa época. Vossa excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”, questionou.
Moro, por sua vez, rebateu informando não ter recebido informações ligadas ao INSS. E a situação repercutiu entre parlamentares.
Quase uma hora depois, Moro pediu para falar na comissão e voltou a afirmar que a denúncia apresentada foi após o período dele como ministro.
O embate aconteceu durante audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, nesta quinta-feira (15).
O ministro também disse que a intenção do governo é resolver a situação de aposentados com rapidez, e que parte do reembolso — ligada ao mês de abril — cairá na conta de aposentados no próximo pagamento.
“Quero virar a página desse fato, ressarcir os aposentados, buscar os culpados e fazer com que nenhum aposentado ou pensionista seja prejudicado”, argumentou.
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