Haddad defende ‘bancos de desenvolvimento mais eficazes’ para países africanos
Ministro participou de evento que visa promover intercâmbio de conhecimentos para aprofundar cooperação do Brasil com a África
Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a formação de “bancos multilaterais de desenvolvimento melhores, maiores e mais eficazes” para países africanos. O tema já tinha sido pauta do governo brasileiro durante a presidência do ministro na trilha financeira do G20, durante o período brasileiro a frente do grupo.
“Durante a presidência brasileira do G20, reafirmamos o nosso compromisso com uma governança financeira internacional mais justa. [...] Foi com esse espírito que ajudamos a desenvolver a aliança global contra a fome a pobreza”, destacou Haddad durante o discurso no “II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural”, nesta quinta-feira (22).
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O evento visa promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências bem-sucedidas para aprofundar a cooperação do Brasil com a África e fortalecer a produção alimentar local nos países africanos.
“A África não é apenas uma referência histórica; é um pilar estratégico para nosso desenvolvimento futuro. Entre 2020 e 2050, o continente deverá representar mais de 60% do crescimento populacional mundial, com 20 milhões de jovens ingressando anualmente no mercado de trabalho”, completou.
O encontro reúne mais de 40 delegações de países africanos, além de representantes de organismos internacionais, de bancos multilaterais de desenvolvimento, instituições de pesquisa, organizações e cooperativas da agricultura familiar e entidades do setor privado.
Haddad lembrou da criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma coalizão entre países, instituições financeiras e organismos internacionais que busca respostas efetivas para alguns dos maiores desafios do nosso tempo. “Renovamos hoje nosso propósito de desenvolver mecanismos inovadores de financiamento e de fortalecer parcerias com instituições financeiras internacionais, a fim de apoiar de maneira efetiva o enfrentamento da fome e da pobreza no mundo”, concluiu.
Ações
Para o ministro da Fazenda, a cooperação entre Brasil e África deve ser pautada por “ações concretas e investimentos estratégicos”. Além disso, a diversificação das culturas agrícolas, a modernização das infraestruturas e a promoção de soluções digitais são fundamentais, segundo Haddad, para garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável nos dois lados do Atlântico.
“O Brasil está comprometido em ser um parceiro ativo nesse processo, contribuindo com suas experiências e recursos para enfrentar os desafios comuns e aproveitar as oportunidades que surgem dessa colaboração.”
Principais Objetivos
- Compartilhamento de experiências em produção agropecuária e aquícola;
- Troca de conhecimentos e tecnologias: debate sobre o papel das políticas públicas eficazes, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar);
- Discussão sobre pesquisa e inovação;
- Valorização da agricultura familiar e da sustentabilidade;
- Identificação de novas oportunidades de cooperação técnica;
- Exploração de alternativas de financiamento e investimentos; e
- Apresentação dos objetivos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
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