Cineastas não podem contratar atrizes no Irã que não usam hijab
Filmes, músicas, livros e a arte em geral são estritamente regulamentados, monitorados e controlados pelo governo iraniano
Internacional|Maria Cunha*, do R7

O órgão fiscalizador do governo do Irã alertou os cineastas e produtores que, se derem papéis a atrizes que removeram o hijab em público, seus filmes podem ser banidos.
Filmes, músicas, livros e arte em geral são estritamente regulamentados, monitorados e controlados pela república islâmica, de acordo com o canal de televisão Iran International.
Além disso, as obras audiovisuais devem primeiro obter uma licença de produção, para garantir que estejam sincronizadas com a ideologia oficial e as restrições religiosas iranianas. Depois que um filme é produzido, ele é revisado novamente para uma permissão de exibição.
Alguns sites no Irã publicaram, no último domingo (18), a cópia de uma carta enviada aos produtores de filmes por Habib Eilbaygi, um deputado do órgão regulador de filmes do governo, apelidado de Cinema Organization. Na carta, ele diz que os cineastas “devem se abster de empregar” indivíduos que falam abertamente sobre a questão do hijab e “ignoram as leis do país”.
Protestos anti-hijab e antirregime eclodiram no Irã em setembro de 2022 depois que Mahsa Amini, uma jovem, foi presa na rua pela polícia da moralidade, sofreu ferimentos fatais na cabeça durante sua detenção e morreu no hospital.
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Muitas celebridades, incluindo atores e figuras do esporte, apoiaram os protestos que enfureceram o regime. Dezenas de mulheres também removeram seu lenço de cabeça em público, uma demonstração direta de desafio aos clérigos governantes.
Após os protestos, dezenas de milhares de mulheres comuns agora caminham pelas ruas sem hijab pela primeira vez desde o início dos anos 1980.
Os radicais que dominam todos os ramos do governo estão agora tentando restaurar seu controle e forçar as mulheres a observar as regras do hijab.
*Sob supervisão de Celso Fonseca
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