Em apoio a Putin, Coreia do Norte envia mais tropas à guerra da Ucrânia
Agência sul-coreana diz que até três mil soldados podem ter sido destinados para a Rússia; este é o segundo reforço militar de Kim Jong-un desde o início do conflito
Internacional|Do R7

A Coreia do Norte enviou tropas adicionais para a Rússia em apoio à guerra contra a Ucrânia, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (27) pelo Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul. Essa seria a segunda onda significativa de mobilização de soldados norte-coreanos para o conflito.
A escala exata do novo contingente ainda é avaliada, de acordo com a agência, mas as forças foram destinadas à região de Kursk, região russa que faz fronteira com a Ucrânia, onde tropas russas enfrentam uma ofensiva ucraniana que cruzou a fronteira em agosto do ano ado.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, relatos indicam que entre mil e três mil soldados de Kim Jong-un podem ter sido transportados para a região entre janeiro e fevereiro, utilizando navios de carga e aviões militares russos.
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O NIS, assim como a Ucrânia e os Estados Unidos, já havia estimado que mais de 11 mil soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia desde outubro do ano ado, muitos deles alocados em Kursk.
O envio de novas tropas marca uma retomada das movimentações militares norte-coreanas depois de uma pausa de cerca de um mês. Recentemente, o NIS apontou que as forças de Kim estavam ausentes dos combates desde meados de janeiro, possivelmente por causa das baixas sofridas.
Cálculos do serviço de inteligência sul-coreano indicam que cerca de 300 militares norte-coreanos morreram e outros 2.700 ficaram feridos nos confrontos desde outubro.
Especialistas ucranianos e ocidentais também afirmam que Vladimir Putin tem utilizado armas fornecidas pela Coreia do Norte no conflito, embora o governo de Kim Jong-un não reconheça oficialmente seu envolvimento militar na guerra.
Autoridades militares sul-coreanas detectaram sinais de que Pyongyang planeja enviar mais de mil tropas adicionais à Rússia ainda neste ano. Ao mesmo tempo, centenas de soldados russos feridos no conflito têm recebido tratamento médico na Coreia do Norte.