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Quem é Muhammed Sinwar, alvo de ataque de Israel em Gaza

Figura-chave e irmão de líder morto do grupo terrorista Hamas, ele emergiu do anonimato para liderar ações militares

Internacional|Do R7

Muhammed Sinwar ainda não teve a morte confirmada após ataque Hamas/Arquivo

O líder militar do grupo terrorista Hamas, Muhammed Sinwar, foi o principal alvo de uma ação das Forças de Defesa de Israel (IDF) nesta terça-feira (13), em um ataque aéreo que atingiu o subsolo do Hospital Europeu em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza. A operação mirava um centro de comando da organização islâmica supostamente instalado sob o hospital. Ainda não há confirmação oficial sobre a morte de Sinwar.

Conhecido pelo codinome “A Sombra”, Muhammed emergiu como líder do grupo extremista Hamas em Gaza após a morte de seu irmão Yahya Sinwar, ex-líder da organização terrorista, que foi assassinado em outubro do ano ado. Considerado mais discreto, porém tão ou mais letal, ele é apontado como o cérebro por trás da reconstrução do grupo após meses de ofensiva israelense. Desde então, tornou-se o principal comandante militar da organização, ganhando crescente influência em todas as decisões estratégicas do Hamas.

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Nascido em 1975 no campo de refugiados de Khan Younis, Muhammed ingressou no Hamas ainda jovem, inspirado por Yahya e pelo líder espiritual Ahmed Yassin. Foi preso pela primeira vez em 1991, aos 16 anos, sob suspeita de atividades terroristas, e ou um total de três anos detido ao longo da década de 1990. Desde cedo cultivou laços com nomes históricos da ala militar do grupo terrorista Hamas, como Mohammed Deif e Hassan Salameh.

Muhammed consolidou sua importância no movimento ao liderar, em 2006, o sequestro do soldado israelense Gilad Shalit, operação que resultou na libertação de mais de mil prisioneiros palestinos, incluindo seu irmão. Também é apontado como coautor do ataque de 7 de outubro de 2023, considerado o maior massacre contra civis israelenses desde a fundação do país, com mais de 1.200 mortos e 251 reféns.


Após o assassinato de Deif e outros comandantes militares, Muhammed assumiu o controle das operações no terreno, embora sua nomeação formal não tenha ocorrido para evitar críticas internas sobre um suposto domínio da família Sinwar dentro do Hamas. Mesmo nos bastidores, ele ou a comandar brigadas, coordenar alianças com outros grupos armados e supervisionar negociações com intermediários internacionais.

Sua notoriedade também se deve à frieza operacional: é acusado de interrogar e executar palestinos suspeitos de colaborar com Israel para entender melhor os métodos de espionagem e inteligência israelenses. Ex-agentes afirmam que Sinwar possui conhecimento técnico incomum entre líderes do grupo extremista, como identificar aeronaves apenas pelo som e manipular redes de agentes.


Fontes militares israelenses relatam que, mesmo com milhares de combatentes mortos, Muhammed tem conseguido reconstituir a força do Hamas em ritmo superior ao da ofensiva israelense. Para isso, usa promessas de comida e assistência médica para atrair novos recrutas em meio à crise humanitária em Gaza, inclusive em funerais, como forma de ampliar o apoio popular.

O ataque desta terça-feira, embora ainda sem confirmação de sucesso, representaria um duro golpe aos extremistas do Hamas em meio a intensas negociações por um cessar-fogo e troca de reféns. A operação, no entanto, também pode comprometer possíveis avanços diplomáticos, já que Muhammed é tido como peça-chave nas tratativas intermediadas pelo Catar e pelos Estados Unidos.


A possível morte de Sinwar pode redesenhar o futuro da guerra e da governança em Gaza. Segundo analistas, sua ausência abriria caminho para novas lideranças ou para um realinhamento entre o braço político, sediado no Catar, e os combatentes locais. Enquanto isso, a guerra entra em seu 16º mês, com mais de 47 mil mortos na região, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo próprio Hamas.

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