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R7 Brasília

‘Dentro da normalidade democrática’, diz Bolsonaro sobre desconfiança das urnas

Bolsonaro tentou justificar suas declarações adas como retórica política e não como articulação golpista

Brasília|Victoria Lacerda e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Bolsonaro é interrogado nesta terça-feira Ton Molina/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso como mecanismo de segurança adicional ao sistema eleitoral eletrônico. Sem apresentar provas, Bolsonaro citou documentos de entidades ligadas à perícia criminal e falou em “fraude sistêmica facilitada”.

“Eu tenho aqui um documento da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais que aponta a fragilidade das urnas eletrônicas sem o voto impresso. Mais à frente, a mesma associação fala em fraude sistêmica facilitada e diz que todo sistema computacional tem vulnerabilidades”, disse durante o interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal).

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Bolsonaro tentou justificar suas declarações adas — inclusive durante reuniões com ministros e militares — como retórica política e não como articulação golpista.

“A minha retórica sempre foi essa. Eu falava dessa maneira. A reunião era mais reservada, mas alguém pode ter gravado de má-fé e tornado pública. Eu não estaria aqui explicando isso agora se não fosse por isso”, completou.


Bolsonaro tentou justificar suas declarações sobre as urnas eletrônicas como parte de um histórico de críticas “dentro da legalidade” e não como parte de um plano de ruptura institucional. Ele negou ter acusado diretamente o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de fraudes e afirmou que sua atuação sempre foi política, baseada na defesa do voto impresso.

“Concretamente, o fundamento era a suspeição. Críticas jurídicas e desconfianças, que sempre foram feitas dentro da normalidade democrática. Eu fiquei dois anos como governante e 28 como parlamentar. A minha retórica sempre foi a de falar depois, apontar problemas.”


Segundo Bolsonaro, as dúvidas sobre as eleições não eram infundadas, mas, alimentadas por manifestações legítimas. Ele mencionou nominalmente ministros do TSE que, segundo ele, eram alvo de críticas públicas — como Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes — mas negou que tenha feito qualquer acusação formal de direcionamento ou fraude.

“As críticas eram públicas. Mas nunca falei em fraude de forma leviana. Sempre defendi que o sistema deveria ter mais transparência.”


O ex-presidente também comentou sobre as iniciativas legislativas de sua autoria em favor do voto impresso, e disse ter se envolvido nesse debate desde 2012.

“Desde 2012 defendo o voto impresso. Em 2015 conseguimos aprovar no Congresso, mas a presidente Dilma vetou. Depois o Congresso derrubou o veto. Mas o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional, dizendo que a impressão poderia comprometer a segurança do processo.”

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