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R7 Brasília

Lula liga para Marina e elogia ministra por deixar comissão após bate-boca com senadores

Presidente recupera-se de um quadro de labirintite no Palácio da Alvorada; senador chegou a dizer que ‘não respeita’ Marina

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Lula solidarizou-se com Marina Silva em ligação Ricardo Stuckert/Presidência da República - 2.4.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nesta terça-feira (27) e elogiou a atitude de deixar a Comissão de Infraestrutura do Senado após ser ofendida por senadores. O petista avaliou que a ministra agiu certa ao sair da audiência no colegiado depois de bater-boca com parlamentares — o senador Plínio Valério (PSDB-AM) chegou a afirmar que não respeita Marina “como ministra” e se recusou a pedir desculpas pela colocação. Também houve falas consideradas ofensivas de Omar Aziz (PSD-AM) e Marcos Rogério (PL-RO).

A ministra foi ao Senado discutir a criação de uma unidade de conservação marinha na Região Norte. Marina também abordou mudanças nas regras de licenciamento ambiental e a exploração de petróleo, por parte da Petrobras, na Foz do Amazonas. Ela também criticou a postura dos senadores (leia mais abaixo).

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Ao menos oito ministros do governo federal solidarizaram-se com a ministra pelas redes sociais.

Na ligação com Lula, a ministra também perguntou o estado de saúde do presidente. Nessa segunda (26), o petista teve um quadro de labirintite e vertigem. Ele cancelou as agendas da tarde de segunda para receber atendimento médico em um hospital particular de Brasília.


Lula cancelou a participação em dois eventos nesta terça e se recupera do episódio no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.

Reação de Marina

Com avaliação de que o embate na Comissão de Infraestrutura foi um episódio de violência política por ser mulher, Marina relatou ter se sentido agredida com as colocações de senadores nesta terça (27).


“Me senti agredida por estar fazendo o meu trabalho. Eu fui chamada para mostrar tecnicamente que as unidades de conservação que estão sendo propostas lá para o estado do Amapá, que elas não afetam o empreendimento que está sendo licenciado”, afirmou a ministra a jornalistas, ao deixar o Congresso Nacional.

O episódio, segundo Marina, pode ser visto como uma violência política de gênero. A ministra também marcou posição em não aceitar a forma de tratamento recebida.


“Existem aqueles que acham que podem colocar palavras na sua boca, dizer o que você fez ou o que você é [...] Agora, o que não pode, é alguém achar que porque você, não é, é mulher, porque você é preta, porque você vem de uma trajetória de vida humilde, que você vai dizer quem eu sou e ainda dizer que eu devo ficar no meu lugar. O meu lugar é onde todas as mulheres devem estar”, disse.

Marina disse ainda que as colocações de Plínio Valério agravam posições indicadas pelo senador, que no ado, disse ter vontade de “enforcar” Marina. Ambas as situações estão sob análise da equipe jurídica da ministra.

Pouco antes das declarações, Marina reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pediu para que os parlamentares avaliem com mais profundidade a proposta que flexibiliza regras de licenciamento ambiental.

Segundo a ministra, Motta afirmou que ouvirá outras lideranças antes de decidir sobre o texto. Após a reunião, o presidente destacou não ter uma data para analisar a proposta e que, assim como o Senado teve o tempo de análise, a Câmara também terá etapas para discutir o texto.

Conforme apurou o R7, a pasta de Marina planeja uma série de reuniões para discutir melhor a proposta para flexibilizar licenças ambientais. A reportagem entrou em contato com a assessoria da ministra de Relações Institucionais para consultar se há uma posição do Planalto em relação ao texto, mas não obteve resposta.

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