:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Mourão nega ter participado de reunião sobre minuta de golpe para planejar estado de exceção

Ex-vice-presidente é crítico de investigação sobre tentativa de golpe de Estado e chamou apuração de ‘fanfarronada’

Brasília|Giovanna Inoue e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Senador Hamilton Mourão presta depoimento nesta sexta Divulgação/ Hamilton Mourão/ Romério Cunha

O ex-vice-presidente e atual senador pelo Rio Grande do Sul Hamilton Mourão (Republicanos) negou nesta sexta-feira (23) ter participado de qualquer reunião para discutir um estado de exceção ou para apresentar uma minuta de golpe. A declaração foi dada durante depoimento nesta sexta-feira (23) ao STF (Supremo Tribunal Federal).

“Não participei de nenhuma reunião em que foi abordado esse assunto [minuta de golpe]”, disse. Questionado pelo advogado do general Augusto Heleno, Mourão também afirmou que o militar, com quem tem “amizade há mais de 40 anos”, “em nenhum momento conversou ou enviou algum documento sobre estado de exceção”.

Durante o depoimento, o procurador-Geral da República, Paulo Gonet, expôs que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, confirmou a existência de reunião para discutir um estado de exceção, o que Mourão negou. “Não aconteceu, eu não tive presente nenhuma reunião dessa natureza.”

Questionado pelo PGR se, portanto, Cid teria mentido, o ex-vice-presidente declarou: “Eu não posso dizer que ele seja mentiroso, até porque eu não tive o a isso que ele disse”.


Veja mais

Mourão é testemunha de defesa Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), na ação que julga o chamado “núcleo 1″ de réus por tentativa de golpe de Estado. Além do general, Mourão também foi indicado como testemunha do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do general Walter Braga Netto.

Mourão, que não foi citado diretamente nas investigações da Polícia Federal, é um dos principais críticos do caso ligado a Bolsonaro. Em novembro do ano ado, quando o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal, o senador chamou o caso de “fanfarronada” e criticou o fato de o ministro do STF Alexandre de Moraes estar à frente do inquérito.


Outras testemunhas

Outras testemunhas escolhidas por Augusto Heleno ouvidas nesta sexta são o militar Alex D’Alosso Minussi e o ex-diretor de Segurança Presidencial Gustavo Suarez da Silva.

Testemunhas de defesa dos réus Alexandre Ramagem, Walter Braga Netto e Almir Garnier também estão entre os depoentes. Veja a lista:


Alexandre Ramagem

  • Carlos Afonso (ex-delegado da Polícia Federal afastado por suspeita de envolvimento no caso Abin Paralela);
  • Frank Márcio de Oliveira (ex-diretor geral adjunto da Abin);
  • Rolando Alexandre de Souza (ex-diretor-geral da Polícia Federal);
  • Alexandre de Oliveira Pasiani (ex-diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Segurança das Comunicações da Agência Brasileira de Inteligência)

Walter Braga Netto

  • Waldo Manuel de Oliveira Aires (coronel do Exército)

Almir Garnier

  • Marcos Sampaio Olsen (comandante da Marinha);
  • Antonio Capistrano de Freitas Filho (almirante);
  • José Aldo Rebelo Figueiredo (ex-ministro de diferentes pastas em governos ados de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff);
  • Marcelo Francisco Campos (almirante)

Coleta de depoimentos

As testemunhas exercem um papel importante nos processos judiciais, pois são responsáveis por apresentar relatos que ajudam a explicar os fatos. As testemunhas, quando convocadas, contribuem para a busca da verdade, sendo peças-chave nas decisões judiciais.

A coleta dos depoimentos marca o início da instrução processual da ação penal contra os réus. Nessa fase, são produzidas provas para a acusação e a defesa.

Finalizadas as oitivas, será aberta a etapa das alegações finais, quando defesa e acusação apresentam suas manifestações escritas no prazo de 15 dias. Em seguida, o relator marcará a data para o interrogatório dos réus. Só após isso, o julgamento será pautado.

Réus do núcleo 1

  • Jair Messias Bolsonaro - ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal;
  • Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  • Augusto Heleno – general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Além dos integrantes do núcleo 1, o STF já aceitou as denúncias da PGR e tornou réus os envolvidos nos outros três núcleos do esquema.

Réus do núcleo 2

  • Fernando de Sousa Oliveira – delegado da Polícia Federal, ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;
  • Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Câmara – coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da PF, ex-diretora de planejamento da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Mário Fernandes – general da reserva, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Réus do núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército, preso na operação Tempus Veritatis);
  • Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre minuta golpista);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

Réus do núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.