Trump deve anunciar nesta quarta-feira novas tarifas comerciais
Senado aprovou um projeto que permite ao governo retaliar barreiras comerciais de outros países
Internacional|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta quarta-feira (2) um novo pacote de tarifas comerciais recíprocas que afetará diversos países, incluindo o Brasil. A data, batizada pelo republicano como o “Dia da Libertação”, marca o início de medidas que, segundo ele, terão impacto global e entrarão em vigor imediatamente.
Embora ainda não tenha detalhado quais nações e produtos serão atingidos, Trump tem sinalizado que a iniciativa representará uma escalada nas restrições já impostas por seu governo ao comércio internacional.
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Na segunda-feira (31), o presidente afirmou que a nova política tarifária abrangerá todos os países, enquanto a Casa Branca reforçou nesta terça-feira (1º) que as taxas começarão a valer sem demora.
Contexto das medidas protecionistas
As novas tarifas fazem parte de uma estratégia que Trump tem defendido desde o início de sua campanha para retornar à Casa Branca. Ele argumenta que os Estados Unidos são tratados de forma injusta por seus parceiros comerciais, que impõem barreiras tarifárias elevadas à entrada de produtos norte-americanos.
O republicano sustenta que esse cenário prejudica a indústria local, desestimula investimentos internos e favorece a saída de capital do país. Em resposta, ele assinou uma ordem executiva em 13 de fevereiro determinando que sua equipe econômica estudasse a implementação de tarifas para equilibrar as relações comerciais.
O grupo liderado por Howard Lutnick, secretário de Comércio, teve um prazo para analisar os principais parceiros comerciais dos EUA e estruturar o plano tarifário. Esse período terminou na terça-feira (1º), e a expectativa é que Trump anuncie as medidas às 17h (horário de Brasília) desta quarta-feira.
Possibilidade de negociação
Na semana ada, Trump indicou que pode adotar uma abordagem mais flexível em relação a determinados parceiros. Em uma conversa com jornalistas no Salão Oval, ele afirmou que poderia ser “gentil” e “menos agressivo do que totalmente recíproco”, pois, segundo ele, um modelo estritamente recíproco poderia ser “duro demais para algumas nações”.
Ainda assim, o republicano reforçou que qualquer negociação para suavizar as tarifas só ocorrerá após o anúncio oficial das medidas nesta quarta-feira.
Diante do cenário incerto, governos e setores empresariais ao redor do mundo aguardam com apreensão os detalhes do pacote tarifário e seus impactos nas relações comerciais internacionais.
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