Gerentes de banco são alvo de operação contra golpe que gerou prejuízo de R$ 20 milhões em MG
Pelo menos 100 pessoas teriam sido vítimas do golpe; Polícia esteve em seis cidades mineiras durante a deflagração da “operação Descrédito”
Minas Gerais|Bruno Menezes, do R7 e Regiane Moreira, da RECORD MINAS

Um rombo de R$ 20 milhões. Esse foi o resultado de um golpe aplicado por uma quadrilha que abria conta bancárias com documentos falsos, mas em nome de pessoas idôneas, para conseguir empréstimos sem a autorização das vítimas, para ter o ao dinheiro. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão no locais de trabalhos e nas casas dos envolvidos e 16 de prisão.
Seis pessoas suspeitas de integrar o esquema - dentre elas quatro gerentes e dois ex-gerentes de três bancos diferentes - foram presas nesta quinta-feira (22), durante a deflagração da operação Descrédito, da Polícia Civil.
A operação ocorreu nas cidades de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Sabará, Betim, Montes Claros e São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas. A investigação teve início quando uma das vítimas, de São Sebastião do Paraíso, no sul do Estado, percebeu que um empréstimo em nome dele no valor de R$ 100 mil havia sido efetuado. Ele ainda descobriu que uma pessoas estava utilizando o nome dele na capital mineira.
“Já identificamos a participação de 18 pessoas no esquema. Dois ex-gerentes detalharam o golpe. Um deles afirmou que foi mandado embora por justa causa do banco e que recebia 10% de cada empréstimos fraudulento que fazia para o grupo. Os gerentes eram cooptados pela quadrilha e estavam dispostos a contribuir”, afirma o delegado Rafael Gomes.
A investigação apurou que, na prática, os próprios gerentes forneciam dados das vítimas para um organizador do esquema. Esse, por sua vez, ava para um falsificador. Eles escolhiam essas vítimas aleatoriamente, mas optavam por pessoas que tivessem um bom “score”, sendo pessoas físicas e jurídicas.
“O falsificador colocava os dados da vítima com foto de um estelionatário que, sabendo disso, ganhava sua parte também nos golpes. Com o documento falsificado, o falsificador envia o documento para o gerente bancário que abre a conta em nome da vítima e são efetuados os empréstimos. Com eles vitimavam não só a pessoa dona dos dados, como também a instituição bancária que ficava com aquele prejuízo”, aponta o delegado.
A polícia pediu o bloqueio de 97 contas bancárias fraudulentas. Uma pessoa segue foragida. Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato, organização criminosa, falsificação de documento publico e uso de documento falso.
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